sábado, 21 de novembro de 2015

NA SEARA

Na tarefa a que te vinculas, não estás a serviço de ninguém em particular.

O produto do teu suor pertence exclusivamente a ti.

Não há quem seja capaz de usurpar-te o mérito.

Não te preocupes, pois, se, por vezes, te sentes explorado em tua bondade.

Os que hoje simplesmente teorizam serão chamados amanhã a materializar os projetos que traçam para os outros.

A Causa do Bem sobre a Terra pertence ao Senhor e não a quem se imagina centralizá-la.

Não te aborreças se, em teu grupo de trabalho, te sentes servindo sob o comando de alguém, que ainda não aprendeu a pedir sem mandar.

Exercita a humildade e não percas a oportunidade de ser útil sem que teu nome necessite estar em evidência.

Sobre os ombros dos que lideram, pesa a dupla responsabilidade das coisas que ordenam e das consequências das coisas que são feitas.

A colheita é pertinente a quem lhe efetue o plantio e não tanto a quem lhe patrocine o empreendimento.

Na seara do Evangelho, não há título maior que o de servidor.

E quem se encontra a serviço de Deus certamente não está a serviço dos homens.

Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

TUDO PASSA

Não te prendas a nada do que seja transitório.
Todas as coisas à tua volta haverão de passar.
O tempo age, inexorável, promovendo mudanças em tudo.
Opiniões se modificam.
Hábitos se renovam.
Leis se aperfeiçoam.
Impérios caem.
Reis são destronados.
Ditadores perdem o poder.
As gerações se sucedem.
Cada dia é uma nova página na História da Humanidade.
E, se assim é, não olvides que também chegará a tua hora de sair de cena no palco em que protagonizas o teu papel.

Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

terça-feira, 10 de novembro de 2015

MÃES ADMIRÁVEIS


         Inúmeras vezes presenciamos o Chico enaltecer as mães. Sua veneração por elas era enorme e dizia:

— Deus envia esses anjos para que a Terra, com certeza, um dia, conquiste a tão almejada paz.

Nos idos anos de 1968, uma moça, demonstrando profunda tristeza, procurou Chico Xavier expondo-lhe seu problema: solteira, estava grávida. Seus pais a recriminavam. Queriam que ela abortasse ou se retirasse do lar, expulsando-a.
Após ouvir aquela jovem em lágrimas, Chico, apiedado, falou:

— Eu não posso compreender tanta discriminação e falta de amor por parte das pessoas. Eu acho que nesses casos, essas mães que honram a maternidade sem terem o apoio dos companheiros, que na grande maioria "dão no pé" e, muitas vezes, os próprios familiares não as amparam, são, para mim, mães admiráveis.

Ouvindo o Chico, demonstrando alegria, aquela mãe modificou-se por completo.
E o Chico voltou a falar:

— Vou dizer uma coisa para você, minha filha...

O generoso amigo, segurando suas mãos com carinho, arrematou:

— Eu admiro tanto essas mães, que se todas elas quisessem, poderiam registrar seus filhos em meu nome, como sendo o pai de todos eles. Eu os receberia com imenso amor...

Sorrindo, irradiando uma onda de paz, emoção e respeito, complementou:

— Serei o maior "marajá" do mundo!

Aquela jovem mãe, refeita, com os olhos lacrimosos, mas irradiando bela luz, beijou-o ternamente na face e nas mãos. Retirou-se feliz da vida.
Refletindo nas lutas daquelas mães, nos lembramos dos versos da benfeitora espiritual Irene de Souza Pinto:

"Mãe na dor!... Bendita seja!...
Escrava de toda hora,
Honra as lágrimas que chora,
Nas dores por onde vai!...
Sem esposo que a proteja,
Sem arrimo, sem tutela,
Em Deus que sofre com ela
Encontra a Bênção de Pai."(1)


Hoje, dia das mães, 11 de maio de 2008, relembrando aquele acontecimento tão emocionante, lembramos também que o inolvidável benfeitor jamais dizia "mãe solteira". E quando se referia aos filhos, anotava: filhos de pais ausentes.

(1) Livro Mãe, lição "Mãe Sozinha", psicografia de Francisco Cândido Xavier, O CLARIM.

Do Livro "Valiosos ensinamentos com Chico Xavier" - Cezar Carneiro de Souza
Capítulo " MÃES ADMIRÁVEIS "

SEXO E AMOR

Aos poucos, compreenderás que o prazer advindo do sexo é um instante fugaz.
Existem emoções mais sutis que podem ser vivenciadas a dois:
- a comunhão de ideias e ideais;
- a permuta de vibrações na amizade sincera e desinteressada;
- a simples convivência com base na união de sentimentos;
- a sintonia afetiva e o companheirismo, que extrapolam as características sexuais do casal;
- o carinho que transcende o contato entre os corpos;
- a palavra que se faz pão para a alma;
- o sorriso que induz ao êxtase espiritual...
O sexo no mundo é das formas mais primitivas de amor.
Amor é sexo em estado de sublimação.
Sexo é labareda; amor é luz.

Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

RESPINGOS DE LUZ

(Richard Simonetti)
  

  
Uma senhora, amiga de Chico, pensou em fazer algo mais, além de orar pelo filho que cometera suicídio, essa porta falsa pela qual pessoas que pretendem fugir do sofrimento acabam por mergulhar em exacerbadas dores.

Poderia levar flores ao cemitério, acender velas, mas, espírita, sabia que nada disso tem significado maior para o desencarnado, principalmente o suicida, às voltas com desequilíbrios superlativos que o torturam.

Pensou em algo mais palpável, uma ajuda mais efetiva ao filho amado, cuja situação muito a afligia.

Pediu orientação ao Chico, que lhe recomendou fizesse uma doação de alimentos a um abrigo para idosos.

O médium a acompanhou, gentil, ajudando-a a transportar os alimentos.

Ao deixarem a instituição, revelou-lhe:

— Quando você fez a entrega do donativo, vi formar-se um raio de luz em direção ao seu filho, no Plano Espiritual. Em meio às amarguras que enfrenta, ele sentiu abençoado lenitivo. Pela primeira vez, desde o gesto tresloucado, sorriu, aliviado.

***

Bem, prezado leitor, antes que você imagine que esta história não deveria estar presente num livro que se propõe a destacar episódios que fazem rir, na vida de Chico Xavier, devo-lhe dizer que, desta feita, a intenção foi mais modesta.

Ficarei satisfeito com simples sorriso.

Sorriso edificante, aliviado, consolador, de quem descobre, se ainda não o fez, o melhor caminho para beneficiar nossos amados que partem:

Praticar, em seu nome, gestos de bondade.

Recordo outro episódio, envolvendo a manifestação de um jovem desencarnado, por intermédio de Chico.

Dirigindo-se à sua mãezinha, que levava flores diariamente ao seu túmulo, dizia-lhe:

— Mamãe, aprecio seu carinho, mas não precisa ir ao cemitério para cultivar minha memória. Lá estão apenas meus ossos. Ficarei bem mais feliz se a senhora usar o dinheiro das flores na compra de pães a serem distribuídos aos pobres.

Em outra manifestação, um filho recomenda à mãe, pela psicografia de Chico, que distribua seus objetos de uso pessoal, bem como roupas, sapatos e móveis, a jovens carentes.

Eis que a senhora, prisioneira do desalento desde sua desencarnação, descobriu que ao cumprir aquela solicitação libertava-se da fixação mórbida no quarto do jovem, transformado em santuário intocável, o que apenas acentuava sua dor e o perturbava no Além.

***

Os Espíritos desencarnados, mesmo aqueles que estão preparados para a vida espiritual, situam-se, em princípio, ligados psiquicamente aos familiares, colhendo muito de suas impressões e sentimentos, o que pode ajudá-los ou atrapalhá-los, de conformidade com seu teor.

Dores exacerbadas, angústias incontidas, desespero, revolta, inconformação, são venenos para a alma, que respingam doridamente nos que partiram.

Os episódios que narramos, e incontáveis outros de que tomam conhecimento os participantes de reuniões mediúnicas, demonstram como é importante nossa postura em situações dessa natureza.

Aceitação, serenidade, confiança em Deus, cultivo da fé, tudo isso ameniza nossos padecimentos e situa-se por abençoado alento para o "morto".

Podemos fazer ainda melhor!

Cultivemos gestos de solidariedade e beneficência junto aos carentes da Terra, rogando a Deus transforme nossas ações em benesses para ele.

Brando conforto nos felicitará, com abençoados respingos de luz em favor de nossos amados, a iluminar seus caminhos na Espiritualidade.

Imagem: do livro "Rindo e Refletindo com Chico Xavier", pg. 117
Do Livro "Rindo e Refletindo com Chico Xavier" - Richard Simonetti
Capítulo: " RESPINGOS DE LUZ "

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A Verdade é uma terra sem caminho


"A Verdade é uma terra sem caminho". O homem não chegará a ela através de organização alguma, de qualquer crença, de nenhum dogma, de nenhum sacerdote ou mesmo um ritual, e nem através do conhecimento filosófico ou da técnica psicológica. Ele tem que descobri-la através do espelho das relações, por meio de compreensão do conteúdo da sua própria mente, mediante a observação, e não pela análise ou dissecação introspectiva. O homem tem construído imagens em si próprio, como muros de segurança - imagens religiosas, políticas, pessoais. Estas se manifestam como símbolos, idéias, crenças. O peso dessas imagens domina o pensamento do homem, as suas relações e a sua vida diária. Tais imagens são as causas de nossos problemas, pois elas dividem os homens. A sua percepção da vida é formada pelos conceitos já estabelecidos em sua mente. O conteúdo de sua consciência é a sua consciência total. Este conteúdo é comum a toda humanidade. A individualidade é o nome, a forma e a cultura superficial que o homem adquire da tradição e do ambiente. A singularidade do homem não se acha na sua estrutura superficial, porém na completa libertação do conteúdo de sua consciência, comum a toda humanidade. Desse modo ele não é um indivíduo.




A liberdade não é uma reação, nem tampouco uma escolha. É pretensão do homem pensar ser livre porque pode escolher. Liberdade é observação pura, sem direção, sem medo de castigo ou recompensa. A liberdade não tem motivo: ela não se acha no fim da evolução do homem e sim, no primeiro passo de sua existência. Mediante a observação começamos a descobrir a falta de liberdade. A liberdade reside na percepção, sem escolha, de nossa existência, da nossa atividade cotidiana.

O pensamento é tempo. Ele nasce da experiência e do conhecimento, coisas inseparáveis do tempo e do passado. O tempo é o inimigo psicológico do homem. Nossa ação baseia-se no conhecimento, portanto, no tempo, e desse modo, o homem é um eterno escravo do passado. O pensamento é sempre limitado e, por conseguinte, vivemos em constantes conflito e numa luta sem fim. Não existe evolução psicológica.

Quando o homem se tornar consciente dos movimentos dos seus próprios pensamentos ele verá a divisão entre o pensador e o pensamento, entre o observador e a coisa observada, entre aquele que experimenta e a coisa experimentada. Ele descobrirá que esta divisão é uma ilusão. Só então haverá observação pura, significando isso percepção sem qualquer sombra do passado ou do tempo. Este vislumbre atemporal produz uma profunda e radical mutação em nossa mente.

A negação total é a essência do positivo. Quando há negação de todas aquelas coisas que o pensamento produz psicologicamente, só então existe o amor, que é compaixão e inteligência.

Krishnamurti

OBSTÁCULO DIFÍCIL

Há um tipo de obstáculo na existência humana contra o qual necessita te esforçares ao máximo, com propósito de superá-lo - a perda de tempo!

Quantos minutos deixas que se escoem, sem aproveitamento real em tua vida?

Quantas horas consomes com futilidades?

Quantos dias e meses inteiros, em que quase nada contabilizas em favor do teu espírito?

E quantos, ao teu lado, são os que se fazem instrumentos para que o tempo ao teu dispor da encarnação não renda o que seria justo esperar?

Quantos os que te ocupam a mente com assuntos estéreis?

Quantos os que te desviam a atenção do trabalho e acabam por te anular na capacidade de produzir?

Quantos os que, seguidamente, te interrompem na leitura de um livro edificante?

Quantos os que te reclamam a presença, a fim de que lhes faça companhia na ociosidade?

Quantos os que aparecem de inesperado quando está de saída para o teu compromisso de ordem espiritual?

Quantos os que insistem contigo para o lazer no clube e não para uma tarefa de caráter beneficente, em fim de semana?

Quantos amigos dispostos a chorar com tua dor e quão poucos a serem solidários com teu suor!...

Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

domingo, 8 de novembro de 2015

ACAUTELA-TE

Acautela-te contra os que te podem roubar a esperança, instilando-te no coração o veneno da descrença;

contra os que tramam com sutileza em desfavor de tua paz;

contra os que se aproximam de ti sob a camuflagem de escusos interesses;

contra os que podem fragilizar-te emocionalmente diante das provas a serem vencidas;

contra os que desejam ter acesso à tua intimidade, com a finalidade de te terem nas mãos;

contra os que aparentam ser amigos, mas jamais te estenderam a mão na dificuldade;

contra os que te frequentam a casa e te invejam a alegria familiar;

contra os que te aplaudem, mas permanecem na expectativa de teu fracasso;

contra os que não perdem oportunidade de criticar sistematicamente as tuas atitudes;

contra os que fazem referencias elogiosas a ti, ao mesmo tempo em que dão ênfase às tuas fraquezas;

contra os que se te fazem portadores apenas de notícias deprimentes;

contra os que somente te criam embaraços no cumprimento de tuas obrigações espirituais!...


Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

OMISSÃO

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"Tudo quanto pudermos fazer no bem, não devemos adiar...
Carecemos de somar esforços, criando uma energia dinâmica que se anteponha às forças do mal...

Se o pessimismo se acumula, termina por contaminar a atmosfera psíquica do planeta, pensando sobre as mentes que nos governam.
É indispensável que o bem se propague...

Ninguém tem o direito de se omitir.

Cultivar uma flor, zelar por uma fonte de água cristalina, não poluir, estampar um sorriso na face, proferir palavras de esperança: tudo isto pode parecer insignificante, mas não é.

Uma atitude positiva desencadeia outras.

O amor contagia...

Pior do que o mal, que a invigilância de muitos concretiza, é o comodismo daqueles que cruzam os braços por desacreditarem no bem..."

(Chico Xavier)

sábado, 7 de novembro de 2015

DECISÃO INCONSEQUENTE

São muitos os que, infelizmente, deliberam procurar o mal, de livre e espontânea vontade.
Saem à caça de aventuras inconsequentes.
Vão ao encontro da dor em seu próprio habitat.
Caminham na rota da ilusão.
Peregrinam, exaustivamente, em busca leviana.
Sorvem a taça do embriagante vinho do prazer.
Colocam-se à mercê de irresistível assédio.
Expõem-se, voluntariamente, à perturbação e ao desequilíbrio.
Comprazem-se em estados de obsessão, tendentes ao vampirismo.
Submetem-se à sugestão das trevas, sem esboçarem a menor resistência.
Criam oportunidade para que coisas desagradáveis lhes sucedam.
Insistem tanto no que lhes é nocivo, que praticamente anulam todo o esforço dos que se empenham em protegê-los.

Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

ESPIRITISMO SEM JESUS

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— Chico, estão querendo separar a parte científica, filosófica e religiosa da doutrina, dizendo que o espiritismo não é religião, isto é, estão querendo tirar Jesus do espiritismo. O que você acha de tudo isso?

A resposta não se fez esperar:

— "Se tirarmos Jesus do espiritismo, vira comédia. Se tirarmos religião do espiritismo, vira um negócio. A doutrina espírita é ciência, filosofia e religião. Se tirarmos a religião, o que é que fica?

A filosofia humana, embora seja um conversa sem fim, tem ajudado a clarear o pensamento, mas não consola perante a dor de um filho morto.

A ciência humana, embora seja uma pergunta infindável, está aí em nome de Deus.

Antigamente tínhamos a varíola, mas Deus, inspirando a inteligência humana, nos deu a vacina e hoje a varíola está quase eliminada da face da Terra.

Sofríamos com o problema da distância, mas a bondade divina, inspirando a cabeça dos cientistas, nos trouxe o motor. Hoje temos o barco, o carro, o avião suprimindo distâncias... o telefone aliviando ansiedades... a televisão colocou o mundo dentro de nossas casas...

Tínhamos medo da escuridão, mas a misericórdia divina nos enviou a lâmpada, através da criatividade humana.

A dor nos atormentava, mas a compaixão divina nos enviou a anestesia.

Há, porém, uma coisa em que a ciência não tem conseguido ajudar. Ela não tem conseguido eliminar o ódio do coração humano. Não há farmácias vendendo remédios contra o egoísmo, o orgulho, a vaidade, a inveja, o ciúme... Não podemos pedir misericórdia a um computador.

Jesus, porém, está na nossa vivência diária, porquanto em nossas dificuldades e provações, o primeiro nome de que nos lembramos, capaz de nos proporcionar alívio e reconforto, é JESUS.

De maneira que se tirarmos religião fica um corpo sem coração, se tirarmos a ciência fica um corpo sem cabeça e se tirarmos a filosofia fica um corpo sem membros".

Do Livro "Momentos com Chico Xavier" - Adelino da Silveira
Capítulo " ESPIRITISMO SEM JESUS "

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

REPARA LOGO

Não acredites que a Lei Divina possa te privilegiar em detrimento de alguém.

O que te acontece é consequência do mérito.

Quanto mais causas gerares no bem, mais efeitos positivos experimentarás.

És o pólo convergente de tuas próprias ações.

Crias, em torno de ti, um campo magnético, atraindo ou repelindo forças.

A repercussão da menor de tuas atitudes te procura e te encontra, onde quer que te escondas.

A treva só pode ser anulada pela luz.

O ódio só se extingue através do amor.

Arranca, depressa, o joio que plantaste, antes que ele se alastre e sufoque a boa semente.

Repare logo o erro que cometeste, impedindo que ele cumpra o seu ciclo e volte a ti, acrescido de vibrações negativas acumuladas.

Não deixes que o mal avance, a partir de tuas mãos ou de tua palavra.

Age sem demora e impede que a tua invigilância consumada te escape ao controle, mais do que já te tenha escapado.

Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

OCIOSIDADE

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"A ociosidade é um abismo.

Quem não procura ocupar o seu tempo tem o espírito tomado pelos pensamentos oriundos de mentes enfermas...

Precisamos nos ocupar o dia todo, sendo úteis aos nossos semelhantes, cuidando da casa, do jardim, da lavagem de roupas, da varredura do quintal...

A mente desocupada traz doença para o espírito."

(Chico Xavier)

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

NA MAIORIA DAS VEZES


Não ligues excessivamente importância aos que te criticam o trabalho.

Indiferentes ao gosto das criaturas, as árvores frutíferas continuam produzindo, cada qual segundo a sua espécie.

O essencial é que estejas fazendo o melhor do melhor ao teu alcance.

Se reconheces as tuas limitações, não há necessidade de que ninguém as aponte a ti.

Se te sabes servidor imperfeito, é natural que as tuas obras ainda deixem a desejar.

Quase sempre, os que mais exigem de tua capacidade são os que não empreendem o menor esforço de realização.

Não consintas que a tua boa vontade se anule à força de palavras injuriosas.

Os que hoje simplesmente falam serão amanhã chamados a fazer, constatando a enorme distância entre teoria e prática.

A história é feita pelo suor dos que a vivem e não pela tinta dos que a escrevem.

Para que nenhuma de tuas mãos se arrede do dever a cumprir, não cedas aos teus críticos mais que um de teus ouvidos.

Convence-te de que a crítica sincera nunca te alcança pelas costas.

Na maioria das vezes, o intuito dos que te malham é o de fazer com que retrocedas no caminho que não se encorajam a seguir.

Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

PROBLEMAS INÚTEIS


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(...) Sinto que desperdicei muito tempo...

Sobre a Terra, os problemas inúteis que criamos são formidáveis teias de aranha para o nosso espírito; nos envolvemos em tanta coisa sem razão de ser, que, ao final de um mês ou de um ano, verificamos que, em termos espirituais, quase não saímos do lugar...

Agora é que estou percebendo como a vida no corpo passa depressa!...

A gente tem que lutar contra o comodismo e a ociosidade; caso contrário, vamos retornar ao Mundo Espiritual com enorme sensação de vazio...

Dizem que eu tenho feito muito, mas, para mim, não fiz um décimo do que deveria ter feito..."


Chico Xavier
(Do livro "O Evangelho de Chico Xavier", item 93)

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

SUPERIORIDADE

Jamais te consideres, em relação aos outros, em situação de superioridade.

Não converses oprimindo ou desconsiderando a opinião alheia.

Não menosprezes, ao teu lado, a presença do teu irmão.

Valoriza a quem, do ponto de vista social ou cultural, não se nivela a ti.

A ninguém trates com descaso ou indiferença.

Não imagines perda de tempo o minuto de atenção que concedas ao amigo que te procura.

O egoísta só se ocupa com aquilo que é de seu interesse.

Não te antecipes a quem esteja tentando explicar-se junto a ti, efetuando rodeios com a palavra.

A caridade que humilha é uma mão que se estende sobre o abismo e não uma ponte que se atravessa, encurtando distâncias.

Muitos gostariam tão-somente que os tratasses como teu igual, a fim de que se sentissem valorizados.

Modula, pois, inclusive, a tua voz, quando te sentires interpelado por alguém que aparentemente te incomode.

Dizem que os anjos encarregados por Deus de ouvir as preces que os genuflexos homens lhe endereçam da Terra, igualmente, se postam de joelhos.

Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

CHICO XAVIER EM RÁPIDA ENTREVISTA (PARTE 1)


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O Jornal da Manhã, de Uberaba, submeteu Chico Xavier a rápida entrevista. O periódico O Triângulo Espírita, da Aliança Municipal Espírita, que a transcreveu, em 20 de setembro de 1972, suprimiu as perguntas feitas pela repórter Vera Arantes Campos.

ESPIRITISMO
"Na sua condição de Cristianismo redivivo, a divulgação do Espiritismo evangélico, quanto mais ampla, mais benefícios trará para a coletividade."

MENSAGEM
"Recebi a primeira mensagem psicográfica na noite de 8 de julho de 1927."

AUTOANÁLISE
"Um ser humano extremamente falível e que tanto mais reconhece as próprias fraquezas e deficiências quanto mais se estuda."

DECEPÇÃO
"O que mais me decepciona é sempre a persistência de meus erros, através do tempo e da vida."


Do livro "Chico Xavier - O Médium dos Pés Descalços" - Carlos Baccelli
Capítulo " CHICO XAVIER EM RÁPIDA ENTREVISTA "
Editora Vinha de Luz: http://www.vinhadeluz.com.br

terça-feira, 3 de novembro de 2015

POR DETRÁS DE UMA LÁGRIMA

Não desconsideres a queixa alheia.

Por detrás de uma única lágrima, pode se esconder um grande drama.

Quase sempre, quem conversa contigo não se expõe por inteiro.

Quem te conta o que sofre, antes que se aprofunde em sua história, avalia o grau de confiança que inspiras.

Não lhes faças perguntas indiscretas e nem te deixes levar pela curiosidade enfermiça.

Poupa ao teu interlocutor o constrangimento de desnudar-se.

A caridade genuína não remexe feridas, com o propósito de curá-las.

A pretexto de auxiliar, não queiras saber além do que te é revelado.

Os dramas de teus semelhantes são quase idênticos aos teus.

Se os conheces em ti, é impossível que os ignoras neles.

Saiba interpretar o silencioso pedido de socorro que alguém te envia, sem a coragem de se expressar.

Ao amor não cabe a tarefa de inquirir a quem chora.

Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

"SAUDADES DE JESUS"



Estávamos na residência do Chico.
Seu estado de saúde não lhe permitia deslocar-se até o Centro.
A multidão se comprimia lá na rua em frente.
Quando o portão se abriu, a fila de pessoas tinha alguns quarteirões.
Foram passando uma a uma em frente ao Chico.
Pessoas de todas as idades, de todas as condições sociais e dos mais distantes lugares do País.

Algumas diziam:
- Eu só queria tocá-lo...
- Meu maior sonho era conhecê-lo...
- Só queria ouvir sua voz e apertar sua mão.

Uns queriam notícias de familiares desencarnados, espantar uma idéia de suicídio. Outros nada diziam, nada pediam, só conseguiam chorar.

Com uma simples palavra do Chico, seus semblantes se transfiguravam, saíam sorridentes.

Ao ver as pessoas ansiosas para tocá-lo, a interminável fila, a maneira como ele atendia a todos fiquei pensando:

"Meu Deus, a aura do Chico é tão boa, seu magnetismo é tão grande, que parece que pulveriza nossas dores e ameniza nossas ansiedades".

De repente, ele se volta para mim e diz:

- Comove-me a bondade de nossa gente em vir visitar-me. Não tenho mais nada para dar. Estou quase morto. Por que você acha que eles vêm?

Perguntou-me e ficou esperando a resposta. Aí, pensei:

"Meu Deus, frente a um homem desses, a gente não pode mentir nem dizer qualquer coisa que possa vir ofender a sua humildade (embora ele sempre diga que nunca se considerou humilde)".

Comecei então a pensar que quando Jesus esteve conosco, onde quer que aparecesse, a multidão o cercava. Eram pessoas de todas as idades, de todas as classes sociais e dos mais distantes lugares.

Muitos iam esperá-lo nas estradas, nas aldeias ou nas casas onde Ele se hospedava.

Onde quer que aparecesse, uma multidão o cercava.

Tanto que Pedro lhe disse certa vez: "Bem vês que a multidão te comprime".

Zaqueu chegou a subir numa árvore somente para vê-lo, ver, tocar, ouvir, era só o que queriam as pessoas.

Tudo isso passou pela minha cabeça com a rapidez de um relâmpago.

E como ele continuava olhando para mim esperando a resposta, animei-me a dizer:

- Chico, acho que eles estão com saudades de Jesus.

Palavras tiradas do fundo do meu coração, penso que elas não ofenderam sua modéstia.

A multidão continuou desfilando.

Todos lhe beijavam a mão e ele beijava a mão de todos.

Lá pelas tantas da noite, quando a fila havia diminuído sensivelmente, percebi que seus lábios estavam sangrando. Ele havia beijado a mão de centena de pessoas.

Fiquei com tanta pena daquele homem, nos seus oitenta e oito anos, mais de setenta dedicados ao atendimento de pessoas, que me atrevi a lhe perguntar:

- Por que você beija a mão deles?

A humildade de sua resposta continuará emocionando-me sempre:

- Porque não posso me curvar para beijar-lhes os pés.

Do livro "Momentos com Chico Xavier" - Adelino da Silveira
Capítulo "SAUDADES DE JESUS" – pg. 149

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

SEQUER CONSEGUIU AINDA



Quem ainda não sabe:
- ceder em suas opiniões mais inflexíveis;
- guardar silêncio em certas circunstâncias;
- escutar confidências sem se escandalizar;
- aceitar as pessoas em seu próprio universo existencial, sem constrangê-las a mudar;
- admitir que, possivelmente, esteja equivocado no juízo que formula sobre alguém;
- compreender sem esperar a menor parcela de compreensão alheia;
- servir invariavelmente no bem dos semelhantes;
- reconhecer-se imperfeito, com a obrigação de renovar-se a cada instante;
- que absolutamente nada o diferencia de seus companheiros de jornada evolutiva;
- que toda conquista se alicerça no esforço individual...
Certamente, desconhece o que lhe seja essencial ao melhor conhecimento de si e sequer conseguiu ainda se iniciar nos rudimentos da verdadeira sabedoria.

Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

DIA DE FINADOS EM CASA?



01 – Que dizer da visita aos mortos no cemitério, particularmente no mês de novembro, nas comemorações de finados?
— É um hábito profundamente arraigado em pessoas que ainda não compreenderam que no cemitério há apenas os despojos carnais, a veste física, de quem não mora lá. Cemitério não é sala de visitas do além.

02 – Mas não se sentem felizes os espíritos, quando afetos caros ao seu coração os evocam no cemitério, pelos condutos do pensamento saudoso?
— Sem dúvida, ficam felizes quando são lembrados sem desespero ou revolta. Captam nossas vibrações, sentem saudade também. Mas é de mau gosto marcar encontro com eles no cemitério.

03 – Marcar encontro?
— Sim, eles tendem a ser atraídos pela nossa lembrança. Imaginemos um filho nosso que se mude para outra cidade. Quando ele vem nos visitar, vamos encontrá-lo no cemitério? É o que faz quem frequenta cemitérios para cultuar a memória dos mortos. E há um problema adicional. Se o espírito desencarnou há pouco tempo e não está ainda bem adaptado à vida espiritual, não se sentirá bem ao aproximar-se de seus despojos carnais.

04 – Então não devemos ir ao cemitério?
— Eventualmente há que se comparecer, quando nos cumpre o penoso dever de conduzir os despojos de um amigo ou familiar ao sepultamento.

05 – E nas datas significativas como Finados, e ainda Natal, Ano Novo, Dia dos Pais, Dia das Mães, aniversário de casamento, de nascimento, de morte, e outras?
— Lembremo-nos com muito carinho dos mortos queridos. Enfeitemos nosso lar com as flores que levaríamos à sepultura. O ente querido será atraído por nossa lembrança e ficará muito feliz por nos encontrar em nosso lar, não no cemitério.

06 – O que mais deveríamos fazer nessa evocação saudosa?— Reunamos os familiares, façamos uma leitura de cunho edificante, enfocando a continuidade da vida no plano espiritual. Vertamos nossas lágrimas saudosas, se a emoção for muito forte, mas que sejam lágrimas puras.

07 – O que seriam lágrimas puras?
— Lágrimas livres de sentimentos negativos, de desespero, inconformação, revolta… Livres de questionamentos, de dúvidas que exprimem falta de confiança em Deus. Lágrimas purificadas pela certeza de que nossos amados vivem em outro plano.

08 – Poderemos sentir a sua presença?
— Muita gente sente. As pessoas dotadas de maior sensibilidade psíquica podem até ver o ente querido. Mas aqui o problema é mais complexo, porquanto nem todos apresentam suficiente sensibilidade psíquica para isso. E geralmente as pessoas têm medo de semelhantes contatos: concebem os espíritos como assombrações, mesmo quando estejam diante de familiares desencarnados. Com isso inibem suas possibilidades de contato pessoal.

Richard Simonetti
(Fonte: http://www.richardsimonetti.com.br/pingafogo/exibir/99)

domingo, 1 de novembro de 2015

OS QUE NÃO PERDOAM


A fim de que não percam a condição de vítima, há os que não perdoam.
Com o propósito de despertar a compaixão alheia, estimam viver com os sentimentos feridos.
Evocam, com frequência, a ingratidão de que foram alvo e, ao descrevê-la, comovem-se às lágrimas.
De caso pensado, negam ao ofensor a oportunidade da reparação.
Fogem à reaproximação promovida por amigos comuns.
Dificultam, ao máximo, a possibilidade do entendimento.
Cobrem-se de razão, não admitindo sequer a hipótese de que possam ter alguma parcela de culpa.
Ofendidos uma única vez, não hesitam em ofender sucessivas vezes em revide.
Estabelecem um preço excessivamente alto a quem os tenha magoado por bagatela.
Não entendem o perdão como dádiva, mas como mercadoria negociável.
Esses irmãos, aos quais nos referimos, mantêm o rancor como trunfo em seu relacionamento com os outros.
Perdoam ou não perdoam, segundo interesses e conveniências que sopesam meticulosamente.

Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

CHICO, UMA LIÇÃO DE HUMILDADE

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Como sempre, a reunião avançara madrugada adentro. Todos estavam exaustos, com exceção de Chico, a quem uma força soberana parecia sustentar de forma invariável.

Lentamente, as pessoas iam se retirando, mas sempre ficava alguém na expectativa de uma palavra a mais... Gente tímida, com problemas difíceis, deixava o Centro ficar quase vazio para, então, confidenciar com o médium, que nunca revelava pressa de ir embora para casa.

Os cooperadores que haviam resistido ao sono estavam no limite da... paciência. Chico às vezes era abordado por pessoas que lhe dirigiam questionamentos absurdos, gente que dormia no hotel a tarde inteira e, depois, enfrentava a reunião sem sequer um bocejo...
Nessa noite de sábado, madrugada de domingo, Chico caminhava em direção à porta, com um dos amigos a segurar-lhe o braço, quase que a arrastá-lo para o carro que o esperava lá fora. Ele, carinhosamente, se deixava conduzir, compreendendo a fragilidade dos sonolentos companheiros. Certa vez, uma senhora dissera:

— “Chico, a gente, para ser espírita, precisa ter muita saúde”...

De fato, para acompanhar o Chico, era preciso muita disposição e... paciência.
Uma senhora, puxando uma criança de uns 3 ou 4 anos pela mão, aproxima-se do médium e lhe diz:

— “Chico, o sonho do meu filho é tirar uma foto com você...”

O pai, máquina a postos, permanecia a alguns metros, pronto para o retrato que passaria aos anais da família.
Os amigos remanescentes da reunião, muito embora em silêncio, quase que tiveram uma síncope! Não era possível. Mais de 4 da manhã, todos cansados de uma exigência daquelas! Como é que o Chico iria sustentar aquele garoto meio obeso no colo e fazer pose para a fotografia?! Santa paciência!... Era demais. Aquilo já não era mais Espiritismo, nada tinha a ver com Espiritismo... Tantos assuntos transcendentais para serem tratados...
O amigo que amparava o Chico pelo braço, de maneira imperceptível para os circunstantes, forçou a passagem. Na opinião dele, o pedido daquela senhora não passava de um capricho de mãe. Levando a mão à mão do zeloso mas impaciente cooperador, Chico falou com voz mansa, como se o tempo todo estivesse a auscultar-lhe os pensamentos:

— “Não, meu filho... Quando um amigo não pode subir até nós, é nossa obrigação descer até a ele...”

E, ajoelhando-se no piso do “Grupo Espírita da Prece”, abraçou o sorridente garoto, encostando a sua à face dele, e pediu ao retratista que, ao invés de uma, batesse duas, para se certificar de que seriam fotografados...
(Dezembro de 1996).

Do Livro "Chico Xavier, 70 Anos de Mediunidade" - Carlos Baccelli
Capítulo " CHICO, UMA LIÇÃO DE HUMILDADE "