quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Entrevista - Paulo Niemeyer Filho

Esta entrevista sinaliza para nós, os mais vividos, o quanto precisamos cuidar de nossa saúde mental. Ainda bem que contamos com pessoas tão especiais, como o Dr. Niemeyer, para nos guiar nessas questões. É bem verdade que nem todos podem ter o Niemeyer como médico assistente, mas há alguns médicos que, no anonimato, exercem o papel de nossos anjos da guarda e nos orientam diante de nossas fragilidades.


Parte da entrevista Revista PODER, ao neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho, abaixo, quando lhe foi perguntado:

http://oglobo.globo.com/fotos/2008/04/21/21_MHG_paulo.jpg

PODER: O que fazer para melhorar o cérebro ?
PN: Vc. tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício. Se está deprimido, com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto, desestímulo. Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter motivação. Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a autoestima no ponto.

PODER: Cabeça tem a ver com alma?
PN: Eu acho que a alma está na cabeça. Quando um doente está com morte cerebral, você tem a impressão de que ele já está sem alma... Isso não dá para explicar, o coração está batendo, mas ele não está mais vivo.

PODER: O que se pode fazer para se prevenir de doenças neurológicas?
PN: Todo adulto deve incluir no check-up uma investigação cerebral. Vou dar um exemplo: os aneurismas cerebrais têm uma mortalidade de 50% quando rompem, não importa o tratamento. Dos 50% que não morrem, 30% vão ter uma sequela grave: ficar sem falar ou ter uma paralisia. Só 20% ficam bem. Agora, se você encontra o aneurisma num checkup, antes dele sangrar, tem o risco do tratamento, que é de 2%, 3%. É uma doença muito grave, que pode ser prevenida com um check-up.

PODER: Você acha que a vida moderna atrapalha?
PN: Não, eu acho a vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Média era um horror. As pessoas morriam de doenças que hoje são banais de ser tratadas. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos, ninguém mais tem dor.

PODER: Existe algum inimigo do bom funcionamento do cérebro?
PN: O exagero. Na bebida, nas drogas, na comida. O cérebro tem de ser bem tratado como o corpo. Uma coisa depende da outra. É muito difícil um cérebro muito bem num corpo muito maltratado, e vice-versa.

PODER: Qual a evolução que você imagina para a neurocirurgia?
PN: Até agora a gente trata das deformidades que a doença causa, mas acho que vamos entrar numa fase de reparação do funcionamento cerebral, cirurgia genética, que serão cirurgias com introdução de cateter, colocação de partículas de nanotecnologia, em que você vai entrar na célula, com partículas que carregam dentro delas um remédio que vai matar aquela célula doente. Daqui a 50 anos ninguém mais vai precisar abrir a cabeça.

PODER: Você acha que nós somos a última geração que vai envelhecer?
PN: Acho que vamos morrer igual, mas vamos envelhecer menos. As pessoas irão bem até morrer. É isso que a gente espera. Ninguém quer a decadência da velhice. Se você puder ir bem de saúde, de aspecto, até o dia da morte, será uma maravilha.

PODER: Hoje a gente lida com o tempo de uma forma completamente diferente. Você acha que isso muda o funcionamento cerebral das pessoas?
PN: O cérebro vai se adaptando aos estímulos que recebe, e às necessidades. Você vê pais reclamando que os filhos não saem da internet, mas eles têm de fazer isso porque o cérebro hoje vai funcionar nessa rapidez. Ele tem de entrar nesse clique, porque senão vai ficar para trás. Isso faz parte do mundo em que a gente vive e o cérebro vai correndo atrás, se adaptando.


PODER: Você acredita em Deus?
PN: Geralmente depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando acabamos de operar, vai até a família e diz: "Ele está salvo". Aí, a família olha pra você e diz: "Graças a Deus!". Então, a gente acredita que não fomos apenas nós.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

3ª MOSTRA DE CINEMA E VÍDEO ESPÍRITA


Confira a programação da 3ª MOSTRA DE CINEMA E VÍDEO ESPÍRITA (oficinas no domingo) E OFICINAS DE CAPACITAÇÃO PARA O COMUNICADOR ESPÍRITA (oficinas no sábado).


CLIQUE AQUI PARA SE INSCREVER! VAGAS LIMITADAS para as oficinas de sábado!
www.feego.org.br/inscricoes
(inscrições no link do lado direito)
(envio de material no link lado esquerdo)


PROGRAMAÇÃO
2 de Dezembro – SEXTA
19h30 – Palestra – As possibilidades do uso da internet no Movimento Espírita, com Luís Hu Hivas (Diretor da TV CEI).
Local: Irradiação Espírita Cristã

Local: FEEGO (Federação Espírita de Goiás)
3 de Dezembro – SÁBADO
14h às 16h – Oficinas de capacitação em Comunicação Social Espírita:
• Arte Seqüencial (Quadrinhos) – Felipe Pitombo / Pedro Pitombo
• Cinema e Vídeo Espírita – Andrei Renato
• Como se apresentar em entrevistas – Fábio de Castro
• Como organizar biblioteca e acervo histórico – Fátima Salvo
• Utilização da Web e Redes Sociais – Francielle Felipe
• Web Rádio – Rubens de Castro
16 às 16h30 – Intervalo
16h30 às 18h - Plenária das oficinas
Local: FEEGO (Federação Espírita de Goiás)

19h30 – Exibição de um longa-metragem com temática espírita inédito
Local: CINE OURO

Local: FEEGO (Federação Espírita de Goiás)
4 de Dezembro – DOMINGO
8h às 10h – Oficina 1 – Transmissão ao vivo de eventos espíritas – Luís Hu Hivas (Diretor da TV CEI)
10h às10h30 – Intervalo
10h30 às 12h – Oficina 2 – A implantação e manutenção de uma Web TV
André Marouço (Diretor da TV Mundo Maior)
Local: FEEGO (Federação Espírita de Goiás)

Local: CINE OURO
14h às 15h30 – Debate – As potencialidades da internet para o Espiritismo.
15h30 às 19h – Mostra de Cinema e Vídeo Espírita
(Exibição de Curtas, Documentários e Videoclipes).
Local: Cine Ouro

Perdoar Sempre!

Um dia Paulinho voltou da escola muito bravo, fazendo o maior barulho pela casa. Seu pai, percebeu a irritação e chamou-o para uma conversa. Meio desconfiado e sem dar muito tempo ao pai, Paulinho falou irritado:

- Olha, pai, eu estou com uma tremenda raiva do Pedrinho. Ele fez algo que não deveria ter feito. Espero que ele leve a pior. O Pedrinho me humilhou na frente de todo mundo. Não quero mais vê-lo. E espero que ele adoeça e não possa mais ir à escola.

Para surpresa de Paulinho, seu pai nada disse. Apenas foi até a garagem e pegou um saco de carvão e dirigiu-se para o fundo do quintal e lhe sugeriu:

- Filho, está vendo aquela camiseta branca no varal? Vamos fazer de conta que ela é o Pedrinho. E que cada pedaço de carvão é um pensamento seu em relação a ele. Descarregue toda a sua raiva nele, atirando o carvão do saco na camiseta, até não sobrar mais nada. Daqui a pouco eu volto, para ver se você gostou, certo?

O filho achou deliciosa a brincadeira proposta pelo pai e começou. Como era pequeno e estava um pouco longe, mal conseguia acertar o alvo. Após uma hora, ele já estava exausto, mas a tarefa estava cumprida. O pai, que o observava de longe, aproximou-se e perguntou:

- Filho, como está se sentindo agora?

- Isso me deu a maior canseira, mas olhe, consegui acertar muitos pedaços na camiseta - disse Paulinho, orgulhoso de si.

O pai olhou para o filho, que até então não havia entendido a razão daquela brincadeira, e disse carinhosamente:

- Venha comigo até o quarto, pois quero lhe mostrar uma coisa.

Ao chegar no quarto, colocou o filho diante de um grande espelho, que ficou sem entender nada. Quando olhou para sua imagem, ficou assustado ao ver que estava todo sujo de fuligem. Tão imundo que só conseguia enxergar seus dentes e os pequenos olhos. O pai então lhe explicou:

- Veja como você ficou. A camiseta que você tentou sujar está mais limpa que você. Assim é a vida. O mal que desejamos aos outros retorna para nós próprios. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a mancha, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.

Lembre-se sempre da oração que Jesus nos ensinou:

"Pai nosso que estais no céu,
santificado seja o vosso nome,
vem a nós o vosso reino,
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no céu.

O pão nosso de cada dia nos daí hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
não nos deixei cair em tentação
mas livrai-nos do mal.

Amém.

Ferro-velho das almas

Era uma vez um ferreiro que, após uma juventude cheia de excessos, resolveu entregar sua alma a Deus. Durante muitos anos trabalhou com afinidade,praticou a caridade, mas, apesar de toda sua dedicação, nada parecia dar certo na sua vida. Muito pelo contrário: seus problemas e dívidas acumulavam-se cada vez mais.

Numa bela tarde, um amigo que o visitara, e que se compadecia de sua situação difícil, comentou:


- É realmente estranho que, justamente depois que você resolveu se tornar um homem temente a Deus, sua vida começou a piorar.
 Eu não desejo enfraquecer sua fé, mas apesar de toda a sua crença no mundo espiritual, nada tem melhorado.

O ferreiro não respondeu imediatamente.
 Ele já havia pensado nisso muitas vezes, sem entender o que acontecia em sua vida. Entretanto, como não queria deixar o amigo sem resposta, começou a falar e terminou encontrando a explicação que procurava. Eis o que disse o ferreiro:

- Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em espadas.
Você sabe como isto é feito? Primeiro eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado e aplico golpes até que a peça adquira a forma desejada. Logo, ela é mergulhada num balde de água fria e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura. Tenho que repetir esse processo até conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente.
O ferreiro deu uma longa pausa e continuou:

- As vezes, o aço que chega até minhas mãos não consegue aguentar esse tratamento.
 O calor, as marteladas e a água fria terminam por enchê-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada. Então, eu simplesmente o coloco no monte de ferro-velho que você viu na entrada de minha ferraria.

Mais uma pausa e o ferreiro concluiu:


- Sei que Deus está me colocando no fogo das aflições. 
Tenho aceito as marteladas que a vida me dá, e às vezes sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço. Mas a única coisa que peço é:


- M
eu Deus, não desista, até que eu consiga tomar a forma que o Senhor espera de mim.Tente da maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser, mas jamais me coloque no monte de ferro-velho das almas.

Autor desconhecido.